Cidade

Horror e covardia em elevador revoltam moradores de condomínio em Ponta Negra

28 JUL 2025

Foto: Reprodução

Um caso de violência doméstica transformou um condomínio em Ponta Negra, Natal, numa cena de horror e revolta no último sábado (26), repercutido nesta segunda-feira (28). 

A jovem Juliana Garcia foi brutalmente espancada dentro do elevador pelo próprio companheiro, Igor Eduardo Pereira Cabral, que agora responde por tentativa de feminicídio. O rosto de Juliana ficou desfigurado, com fraturas múltiplas, perda de dentes, cortes profundos e traumatismo cranioencefálico. A jovem teve que ser hospitalizada em estado grave, sem condições de falar. Foram mais de 60 socos.

Populares a encontraram ensanguentada no pátio do prédio. Enquanto recebia socorro, ainda no chão, Juliana escreveu num bilhete: “Ele disse que ia me matar”. Os vizinhos estavam em choque, e a Polícia Militar foi acionada imediatamente. Igor foi preso em flagrante e levado à delegacia. No dia seguinte, a 1ª Vara Criminal de Natal homologou a prisão e a converteu em prisão preventiva, apontando a brutalidade do crime e o risco à vida da vítima.

Segundo os autos, Igor alegou ter tido um “surto claustrofóbico” ao entrar no elevador e ser “provocado” pela companheira. A justificativa foi descartada pela autoridade policial e pelo Ministério Público. A versão do agressor foi considerada frágil e incompatível com a violência dos ferimentos, documentados por laudos médicos e imagens fortes anexadas ao processo.

Juliana foi atendida no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, com traumas faciais extensos e fraturas confirmadas por exames de imagem. O caso foi enquadrado como tentativa de feminicídio com base na Lei Maria da Penha, artigo 121 do Código Penal, e está sendo acompanhado pela 36ª Promotoria de Justiça de Natal.

O caso gerou comoção e revolta nas redes sociais potiguares. Imagens das lesões correram grupos e perfis com pedidos por justiça e punição severa. Organizações de defesa das mulheres cobram que o processo seja acelerado e que Juliana receba toda a assistência psicológica, jurídica e médica necessária.

A Justiça decretou prisão preventiva com validade até 27 de julho de 2045, embora esse prazo seja apenas processual e possa ser revisto conforme o andamento da ação penal. O mandado foi cumprido na manhã desta segunda (28).

Autor(a): BZN



últimas notícias