21 AGO 2025
“Governar é cuidar das pessoas, cuidar das mulheres, cuidar das crianças.” Foi o que disse a governadora Fátima Bezerra na inauguração de um centro de parto normal em Mossoró.
A realidade, no entanto, desmonta o discurso. No dia 7 de agosto, uma criança morreu no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, porque os leitos de UTI estavam fechados por falta de insumos. Sete leitos, cinco neonatais e dois pediátricos, bloqueados no hospital referência em pediatria de alta complexidade.
O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) confirmou o óbito, instaurou sindicância e levou o caso à Justiça. O mais estarrecedor é que a Secretaria Estadual de Saúde, comandada por Alexandre Motta, tentou negar o óbito, alegando não haver registros nos sistemas da Sesap. O Cremern, entretanto, reafirmou a morte e apresentou como provas o prontuário médico e a declaração de óbito, documentos que não deixam margem para contestação.
Só depois de ordem judicial, compras emergenciais e ajuda de outros hospitais, os leitos foram reabertos. Tarde demais para a criança que perdeu a vida.
Governar não é inaugurar obra. É evitar que uma criança morra por falta de leito.
E nisso, o governo Fátima Bezerra fracassou.
Autor(a): BZN