21 AGO 2025
A Justiça de Minas Gerais rejeitou o pedido do Ministério Público (MP) para bloquear os bens do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes após uma discussão de trânsito em Belo Horizonte. A solicitação incluía também a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, esposa do empresário.
Renê foi preso em flagrante na semana passada como principal suspeito do crime. Em novo interrogatório, realizado nessa segunda-feira (18), ele admitiu a autoria do assassinato.
O MP havia pedido o bloqueio de até R$ 3 milhões para evitar a dilapidação do patrimônio e assegurar uma possível indenização à família da vítima. No entanto, a juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza decidiu que a medida não poderia ser aplicada nesta fase da investigação.
Segundo a magistrada, o papel do juízo criminal, durante o inquérito, se limita a fiscalizar a legalidade dos atos e eventuais irregularidades. A juíza destacou que o pedido poderá ser reavaliado durante a ação penal ou na esfera cível.
Em nota, a defesa da vítima reforçou que a decisão não rejeitou o mérito do pedido, apenas o momento processual para sua análise. O advogado afirmou que tomará providências na Justiça Cível e poderá reiterar o pleito após o oferecimento da denúncia.
Autor(a): BZN