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Brasil e ONU discutem alternativas de hospedagem para a COP30 diante de preços elevados em Belém

01 AGO 2025

Foto: Reprodução

Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para novembro de 2025 em Belém (PA), representantes do governo federal, do governo paraense e do escritório da ONU para o Clima têm discutido soluções para os desafios de hospedagem na capital paraense. A principal preocupação está relacionada à alta expressiva nos preços das acomodações, o que pode comprometer a participação de delegações estrangeiras, especialmente de países em desenvolvimento.

A Secretaria Extraordinária da COP30, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, informou que uma nova reunião será realizada no próximo dia 11 de agosto com a presença de representantes da ONU para debater temas como hospedagem, transporte, segurança, alimentação e outras questões logísticas essenciais para o evento.

Em nota, o governo brasileiro reafirmou o compromisso com uma conferência “ampla, inclusiva e acessível”. De acordo com a secretaria, o plano de acomodação está sendo desenvolvido em fases, com prioridade inicial para as delegações envolvidas diretamente nas negociações oficiais.

Atualmente, há cerca de 2,5 mil quartos individuais com tarifas fixadas entre US$ 100 e US$ 600. Desse total:

73 países classificados como Países Menos Desenvolvidos (LDCs) e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEIDs) terão 15 quartos por delegação, com diárias entre US$ 100 e US$ 200;

Os demais países poderão contar com dez quartos por delegação, com diárias entre US$ 220 e US$ 600.

No entanto, o valor da ajuda de custo diária fornecida pela ONU a delegações mais pobres é de US$ 149, o que contrasta com as cotações praticadas atualmente por hotéis e imóveis particulares em Belém, que giram em torno de US$ 700 por pessoa, por noite durante o evento.

Preocupações diplomáticas

As preocupações em torno dos altos custos foram formalizadas em reunião anterior, no dia 29 de julho, convocada pelo Grupo Africano de Negociadores. Segundo Richard Muyungi, presidente do grupo, há receio de que os valores inviabilizem a presença de países mais pobres nas negociações climáticas.

Mesmo países desenvolvidos têm expressado preocupação com os preços elevados e indicaram a possibilidade de reduzir o tamanho de suas representações se a situação não for contornada.

Autor(a): BZN



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