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Werner Rydl: o bilionário excêntrico que mora no litoral do RN e afirma guardar ouro em um país flutuante

10 JUN 2025

Foto: Revista Piauí

Werner Rydl, austríaco naturalizado brasileiro, tem sido alvo de muita curiosidade e controvérsia por conta de uma fortuna bilionária que, segundo ele, é composta majoritariamente por ouro. Sua história, que envolve a criação de um país flutuante no meio do Oceano Atlântico e até a queima de milhões de euros em protesto, soa quase como um roteiro de filme, mas é real e gera debates acalorados até hoje.


Fortuna bilionária em alto-mar


A revista Piauí traz ampla matéria com entrevista exclusiva assinada por Allan de Abreu, que entrevistou Werner Rydl, 67 anos, onde ele mora atualmente: na pacata Praia de Ponta do Mel, no município potiguar de Areia Branca. Ao jornalista, o austríaco disse que declarou à Receita Federal brasileira um patrimônio estimado em 100 bilhões de reais, principalmente representado por 306 toneladas de ouro, que ele afirma estar armazenado num barco flutuante em uma região autoproclamada como “Seagarlandia”, um território que não é reconhecido oficialmente por nenhum país. Caso sua fortuna seja comprovada, Werner Rydl estaria entre os indivíduos mais ricos do Brasil.


Polêmicas e um passado turbulento


O passado de Rydl é recheado de episódios controversos. Na Áustria, país onde nasceu, foi envolvido em um escândalo fiscal por não pagar impostos. Segundo ele, recusou-se a fazê-lo como forma de protesto contra o governo austríaco, que, segundo suas palavras, forçava empresários a compactuar com a corrupção. Em um ato emblemático, ele chegou a queimar 21 milhões de euros em uma praia dormiu Recife (PE), no Brasil, em demonstração de protesto.


No Brasil, sua trajetória não foi menos conturbada. Foi preso por portar uma barra de ouro sem nota fiscal e passou quatro anos detido no Presídio da Papuda aguardando processo de extradição para a Áustria. Após ser extraditado, foi absolvido de alguns crimes, outros prescreveram e, depois de cumprir pena de três meses, retornou ao Brasil. Ele também processou o governo austríaco, alegando ter sido indenizado pela prisão injusta.


Em março de 2016, o jornalista mato-grossense Marcus Mesquita o entrevistou para o MidiaNews, quando Werner afirmava que tinha R$ 20 bilhões em barras de ouro. Ele estava em Cuiabá para prestar esclarecimentos à Justiça sobre o episódio ocorrido em março de 2015, quando foi preso (e liberado dias depois) por portar uma barra de ouro sem nota fiscal. Ele disse que para aonde vai leva com ele a barra, como um amuleto.


Voltando à Piauí, outro ponto que chama atenção é o projeto “Seagarlandia”, o país flutuante de Rydl que teria sua própria moeda, chamada “Eternity”. Essa iniciativa provocou impasses com a Polícia Federal, principalmente por não existir regulamentação para o envio de produtos do Brasil para um território sem reconhecimento internacional.


Vida simples e estilo excêntrico


Apesar da suposta imensa fortuna e do histórico controverso, Werner Rydl leva uma vida modesta em Ponta do Mel. Conhecido por seu comportamento excêntrico, ele evita gastos desnecessários e mantém um perfil discreto. Ainda assim, suas histórias e declarações continuam a despertar fascínio e ceticismo, dividindo opiniões sobre a real dimensão de sua riqueza e a legalidade de seus atos.


Autor(a): BZN



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