A capital mineira ficou abalada nessa sexta-feira (9), com a tragédia no 13º andar de um prédio na Rua Mato Grosso, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Três mulheres de uma mesma família foram encontradas mortas dentro de um apartamento. Também foram encontrados mortos quatro cachorros da família.

As vítimas foram identificadas como Cristina Teixeira Antonini, de 66 anos, Daniela Teixeira Antonini, 40, e a pequena Giovanna Antonini Vasconcelos, de apenas 1 ano. Segundo a Polícia Militar, os corpos estavam deitados sobre a cama, em um ambiente completamente fechado. Todas as janelas estavam trancadas e o imóvel apresentava um forte odor, o que chamou a atenção da síndica do prédio, Raquel Moreira, que acionou a PM após ser alertada pela avó paterna da criança, preocupada com a falta de contato com as moradoras.

Ao arrombar a porta do apartamento, os policiais encontraram três bandejas com carvão queimado, o que levanta suspeitas de intoxicação por monóxido de carbono, uma substância letal em ambientes sem ventilação. A perícia também localizou uma carta escrita por Daniela, na qual ela menciona dificuldades financeiras e faz pedidos de desculpas, sinalizando a possibilidade de um ato premeditado.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e aguarda os laudos periciais que confirmarão a causa das mortes. Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada, incluindo a de suicídio coletivo ou homicídio seguido de suicídio.

O caso causou comoção na vizinhança. Vizinhos relataram que a família era discreta e querida no prédio. A tragédia também reacende o debate sobre saúde mental, crises silenciosas e o impacto do desamparo social em momentos de vulnerabilidade. 

Autor(a): BZN