01 SET 2025
O entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) amanheceu nesta segunda-feira (1º) sob forte esquema de segurança, na véspera do julgamento sobre a suposta trama golpista que teria buscado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
O reforço inclui efetivo extra da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que deve permanecer mobilizado até 12 de setembro, prazo estimado para o encerramento do julgamento.
Uma Célula Presencial Integrada de Inteligência começou a operar na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). A estrutura reúne órgãos locais e nacionais para monitorar deslocamentos em Brasília e atividades em redes sociais, permitindo ações preventivas se houver necessidade.
A partir desta terça-feira (2), o acesso ao STF será controlado por meio de um esquema integrado entre a Polícia Judicial Federal e a SSP-DF. Estão proibidas manifestações, acampamentos e aglomerações nos arredores. Haverá monitoramento constante na Praça dos Três Poderes e nas vias de acesso, com revistas de mochilas e bolsas. Também serão feitas varreduras diurnas e noturnas com drones de imagem térmica, para evitar ações individuais de apoiadores do ex-presidente.
Mesmo sem protestos autorizados, o julgamento deve movimentar o centro de Brasília: mais de três mil pessoas se inscreveram para acompanhar presencialmente, em vagas limitadas, e mais de 500 jornalistas nacionais e estrangeiros pediram credenciamento.
O principal réu é Bolsonaro, que não é obrigado a comparecer, mas poderá assistir ao julgamento se receber autorização do relator, ministro Alexandre de Moraes, já que cumpre prisão domiciliar. Outros sete acusados, entre militares e civis, todos ex-assessores do ex-presidente, também poderão comparecer.
Autor(a): BZN