Uma discussão familiar terminou em tragédia na tarde desse domingo (27) em Guarapari (ES). Felipe Catanio de Araújo, de 32 anos, foi morto com uma facada no peito desferida pela sogra, de 53 anos, durante uma tentativa de defender a filha e o neto de oito meses. A ação foi registrada por câmeras de segurança do prédio onde as duas mulheres moram.

As imagens mostram Felipe em frente ao edifício, gesticulando com um objeto nas mãos que seria, segundo testemunhas, um soco inglês. Por volta das 15h40, a companheira de Felipe, uma estudante de Enfermagem de 22 anos, aparece saindo do prédio com o filho do casal no colo para conversar com ele. Em seguida, a sogra desce carregando uma faca.

A aposentada atinge o pneu da bicicleta de Felipe com a faca e, em resposta, é agredida com um chute no rosto. Em outro ângulo das câmeras, é possível ver os três envolvidos em uma briga na calçada. Felipe se afasta momentaneamente, mas retorna correndo e investe contra as duas mulheres. Nesse momento, ele é atingido no tórax com uma facada. Ferido, o homem cambaleia e cai a alguns metros da entrada do prédio.

Segundo o advogado da sogra, Lucas Neto, Felipe vinha rondando o prédio desde o início da tarde e teria feito ameaças à ex-companheira e à sogra. O defensor afirma que a cliente agiu para proteger a filha, o neto e a si mesma. Ainda de acordo com a defesa, a filha da aposentada queria encerrar o relacionamento, mas Felipe não aceitava o fim da união.

Após o ocorrido, a mulher entrou no prédio com as mãos sujas de sangue. Ela se apresentou voluntariamente à delegacia, acompanhada por um advogado, e prestou depoimento por cerca de seis horas. A Polícia Civil informou que ela foi liberada após o depoimento, por não haver elementos suficientes para autuação em flagrante. A estudante de Enfermagem também ficou ferida no braço e precisou receber pontos. Mais tarde, ela também compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos.

O corpo de Felipe foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Científica, onde passará por necropsia antes de ser liberado para a família. O caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Guarapari.

Autor(a): BZN