06 JUL 2025
Em vídeo enviado à 17ª Reunião de Cúpula do Brics, que é realizada neste domingo (6), no Rio de Janeiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou que o bloco de países emergentes se tornou uma das principais organizações-chave do mundo com enorme potencial político, econômico e tecnológico e influência em expansão.
“A autoridade e a influência desse grupo aumentam a cada ano, e o Brics é agora um dos principais grupos e organizações-chave no mundo. E nossa voz é ouvida em alto e bom som em todo o cenário internacional”, disse o mandatário russo.
Putin destacou ainda que o mundo unipolar, concentrado nos Estados Unidos (EUA), está “se tornando coisa do passado”, afirmando que o modelo de globalização liberal está ultrapassado.
“[A ordem unipolar] está sendo substituída por um mundo multipolar mais justo. Tudo indica que o modelo de globalização liberal está se tornando obsoleto, o centro da atividade empresarial está se deslocando para os mercados em desenvolvimento, o que está desencadeando uma poderosa onda de crescimento, inclusive nos países do Brics”, acrescentou o russo.
Nos últimos dois anos, o Brics cresceu de cinco para 11 integrantes permanentes, além de incluir dez novos membros parceiros. Administrar essa expansão foi um dos desafios da presidência do Brasil para consolidar o fórum que pretende modificar a atual arquitetura global de poder.
Putin agradeceu ao presidente Lula da Silva (PT) pelo “trabalho ativo" dentro do Brics. “É importante que nossos colegas brasileiros tenham se aprofundado nas iniciativas apresentadas durante a presidência da Rússia no ano passado e proposto trabalhar em sua implementação”, disse Putin.
O presidente da Rússia defendeu o aprofundamento da cooperação. “Nossa associação expandiu-se significativamente e inclui os principais Estados da Eurásia, África, Oriente Médio e América Latina. Juntos, temos um potencial político, econômico, científico, tecnológico e humano verdadeiramente enorme”, acrescentou o chefe do Kremlin
Segundo o governo russo, Putin não compareceu pessoalmente ao encontro por causa do mandado de prisão aberto contra ele no Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes de guerra na Ucrânia, o que ele nega. Como o Brasil é signatário do TPI, corria-se o risco da Justiça brasileira determinar sua prisão.
Autor(a): BZN
Fonte: Agência Brasil