A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra ao pedido da Polícia Federal (PF) para instalar agentes de forma permanente dentro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília.

No requerimento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF argumentava que a medida seria necessária para evitar um eventual risco de fuga e para reforçar o cumprimento das restrições impostas a Bolsonaro, que já usa tornozeleira eletrônica. A corporação alegava ainda dificuldade de monitoramento apenas pelo lado externo.

Em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a PGR avaliou que a vigilância no entorno da casa já é suficiente, considerando que o ex-presidente está submetido a medidas cautelares como restrição de deslocamentos e monitoramento eletrônico. Para o órgão, a presença de policiais dentro do imóvel seria uma medida desproporcional e invasiva, sem respaldo legal.

Com o parecer, caberá agora ao STF decidir se mantém apenas a vigilância externa ou se acolhe parte das preocupações levantadas pela PF.

O episódio ocorre às vésperas do julgamento em que Bolsonaro responderá à acusação de participação em suposta trama golpista após as eleições de 2022, marcado para o início de setembro.

Autor(a): BZN