Com talento, generosidade e dedicação, ela marcou gerações com sua costura precisa e seu carinho com cada cliente. Albertina Cavalcanti Vieira, 86 anos, um dos nomes mais respeitados da alta costura artesanal de Natal, partiu quarta-feira (30), mas o sepultamento ocorre às 16h desta sexta-feira (2) no Cemitério Morada da Paz Emaús. 

Reconhecida pelo cuidado com cada detalhe, pela relação afetuosa com clientes e por sua longa trajetória no coração da cidade, Albertina deixa um legado que vai muito além das linhas e agulhas: deixa memórias de afeto, tradição e elegância costurada à mão.

Albertina começou a costurar ainda jovem, influenciada pelas mulheres de sua família e pelas necessidades da época. Com o tempo, transformou o dom natural em profissão, e a profissão em arte. Durante décadas, foi referência em vestidos sob medida, ajustes refinados e peças de bom gosto para senhoras da sociedade natalense.

Fez da sua loja Albertina Alta Moda Feminina, na Rua Conselheiro Brito Guerra, Tirol, ponto de referência para quem buscava roupas elegantes com toque artesanal. Clientes fiéis atravessaram gerações, levando filhas e netas para experimentar os moldes únicos da costureira.

Discreta e sempre acolhedora, Albertina era conhecida por escutar com paciência as histórias de quem procurava-a. Mais do que roupas, entregava confiança, auto-estima e delicadeza. Em tempos de consumo rápido, fazia questão de manter o cuidado manual, os acabamentos perfeitos e o respeito pelo corpo de cada cliente.

Nas redes sociais e entre antigos clientes, o luto é compartilhado com gratidão e carinho. 

Autor(a): BZN