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O brilho que resiste ao silêncio: Maitê Proença visita Gracindo Júnior e revive tempos de ouro da TV

21 JUL 2025

Foto: Instagram @eumaiteproenca

Um galã da TV, um nome de ouro do teatro. E hoje, a paz longe do brilho das câmeras.

Nem todos os holofotes duram para sempre. Aos 82 anos, o ator Gracindo Júnior, um dos rostos mais marcantes da televisão brasileira, vive longe das novelas e da mídia, mas cercado de paz, carinho e memória. Foi o que revelou a atriz Maitê Proença, 67, ao compartilhar um reencontro afetuoso com o velho amigo e parceiro de cena.

“A visita foi um encanto”, escreveu Maitê nas redes sociais. “Gracindo está feliz! O olhar dele é cheio de vida. Ele segue elegante e gentil como sempre foi. A pele brilha e ele está saudável, apesar das curvas que o mundo deu. Benzadeus”.

O encontro é uma lembrança de que, para além da fama, envelhecer nas artes nem sempre é fácil. O glamour dá lugar ao esquecimento, e os convites somem. Mas a amizade verdadeira, essa permanece. Maitê também agradeceu a esposa de Gracindo, Daisy Poli, pelo cuidado e amor diário: “Obrigada, Daisy querida, por cuidar tão bem deste seu companheiro lindo”.

Herança de talento

Gracindo Júnior carrega o peso, e a honra, de ser filho de Paulo Gracindo, um dos maiores nomes da história da dramaturgia nacional. O patriarca brilhou no teatro, no rádio, no cinema e na televisão. Foi imortalizado na pele do icônico Odorico Paraguaçu, o prefeito falastrão de O Bem-Amado (1973), primeira novela em cores da Globo, que virou série, virou bordão, virou história.

Mas como tantos grandes artistas, Gracindo pai e filho viveram o auge e também enfrentaram os silêncios após os aplausos.

A visita de Maitê reacende esse debate: por que o Brasil esquece tão rápido de seus artistas?

Gracindo Júnior brilhou em novelas como Dona Beija, Celebridade, Roque Santeiro e O Casarão, além de marcar presença nos palcos com atuações de peso. Desde 2019 afastado das telas, por escolha própria e também pela escassez de convites, sua ausência reflete a realidade dura de muitos artistas veteranos no Brasil, um país que aplaude ídolos de temporada, mas muitas vezes esquece quem construiu os alicerces da sua cultura.

Autor(a): Eliana Lima



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