04 MAI 2025
O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, enfrenta questionamentos logo no início de sua gestão após ser revelado que ele participou de uma reunião em junho de 2023 onde foram alertados indícios de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
Na época, Wolney ocupava o cargo de secretário-executivo do então ministro Carlos Lupi, que deixou o ministério em meio às investigações da Polícia Federal e da CGU.
O alerta foi feito pela conselheira Tonia Andrea Inocentini Galleti, representante dos aposentados no CNPS, que cobrou transparência e regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), responsáveis por repassar recursos a entidades com autorização para realizar os descontos em folha. Apesar do alerta, Carlos Lupi e Wolney Queiroz não deram andamento à discussão, adiando medidas que poderiam ter evitado o agravamento do problema.
As ações só foram adotadas quase um ano depois, quando as denúncias vieram à tona. Em março de 2024, novas regras exigindo assinatura eletrônica e biometria foram publicadas, mas a implementação plena ainda enfrenta entraves técnicos. A revelação de que a alta cúpula do ministério já tinha conhecimento da situação pode fragilizar politicamente o novo titular da pasta, que agora precisará responder não só pelos planos futuros, mas também por sua omissão em 2023.
Autor(a): BZN