15 JUL 2025
A redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras no mês de junho renovou as expectativas de alívio no bolso dos motoristas brasileiros. No entanto, o efeito prático da medida nos postos de combustíveis foi quase imperceptível, frustrando quem esperava uma queda mais significativa no valor final do produto.
No início de junho, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,17 no litro da gasolina vendida nas refinarias. Na mesma semana, o preço médio registrado nos postos era de R$ 6,25, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Após o reajuste, o valor médio caiu para apenas R$ 6,23, uma diferença de apenas R$ 0,02 por litro.
A ANP também observou uma disparidade mais ampla ao longo do tempo. Nos últimos dois anos, houve uma queda acumulada de 17,5% nos preços da gasolina nas refinarias. No entanto, o valor cobrado ao consumidor nos postos aumentou 21,67% no mesmo período, evidenciando uma desconexão preocupante entre o custo de produção e o preço final ao consumidor.
Segundo especialistas, esse descompasso pode ser explicado por diversos fatores. O mercado de combustíveis no Brasil é sensível a variações cambiais, cotações internacionais do petróleo e decisões internas, como políticas tributárias e margens de distribuição e revenda.
Autor(a): BZN