Cidade

Laudo do IML do RJ indica “período agonal” e múltiplos traumas no caso de Juliana Marins

09 JUL 2025

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O laudo elaborado pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro concluiu que a publicitária Juliana Marins, 26 anos, sobreviveu por cerca de 10 a 15 minutos após cair na cratera do vulcão Rinjani, na Indonésia, em 21 de junho.

A autópsia complementar, solicitada pela família e autorizada pela Justiça Federal, aponta que Juliana sofreu múltiplos traumas, incluindo fraturas no crânio, tórax, pelve e coluna, além de hemorragia interna. O IML identificou a existência de um “período agonal”, ou seja, um intervalo entre o impacto e a morte, descartando a hipótese de óbito instantâneo.

O corpo da publicitária foi resgatado quatro dias após o acidente, já embalsamado pelas autoridades locais, o que dificultou a análise de sinais como hipotermia ou desidratação. Ainda assim, os peritos brasileiros confirmaram a causa da morte como politraumatismo com hemorragia interna, compatível com o primeiro laudo feito na Indonésia.

A perícia foi realizada no IML Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, no dia 2 de julho, e teve acompanhamento da Defensoria Pública da União (DPU) e de representantes da família. O laudo foi concluído nessa terça-feira (9).

A família de Juliana estuda agora medidas jurídicas e diplomáticas diante das novas informações, que indicam que a vítima permaneceu viva por algum tempo após o acidente, levantando questionamentos sobre a atuação das equipes locais de resgate.

Autor(a): BZN



últimas notícias