07 MAR 2025
A televisão brasileira atingiu um novo nível de insensibilidade nesta sexta-feira (7), quando a apresentadora Patrícia Poeta, durante o programa Encontro, revelou ao vivo para Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Sousa, que o suspeito de matar sua filha era um homem chamado Daniel.
A frieza com que a informação foi transmitida, sem qualquer preparo emocional ou respeito pelo luto de um pai devastado, gerou revolta e indignação.
Não há justificativa para transformar a dor de uma família em espetáculo midiático. O jornalismo tem a obrigação de informar, mas também de preservar a dignidade e o mínimo de humanidade diante de tragédias como essa.
Jogar uma notícia dessa magnitude no colo de um pai em rede nacional, sem qualquer cuidado ou suporte, é um exemplo gritante de sensacionalismo cruel.
A reação nas redes sociais foi imediata. Internautas expressaram repúdio à postura da apresentadora, que, ao invés de demonstrar empatia, seguiu o roteiro frio da audiência a qualquer custo. O mínimo que se espera de um profissional da comunicação, principalmente em um caso tão delicado, é ética e sensibilidade.
A dor de Carlos Alberto Souza não pode ser reduzida a um momento televisivo. A vida e a memória de Vitória Regina de Sousa merecem respeito. A imprensa precisa urgentemente rever seus limites, pois não é admissível que o sofrimento humano continue sendo explorado dessa forma em nome da audiência.
Autor(a): Eliana Lima