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Ex-presidente Alejandro Toledo é condenado a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro no Peru

04 SET 2025

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Justiça do Peru condenou, nessa quarta-feira (3), o ex-presidente Alejandro Toledo a 13 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro. Essa é a segunda condenação contra o ex-mandatário por envolvimento em esquemas de corrupção ligados à construtora brasileira Odebrecht, atual Novonor.

Toledo, de 79 anos, que governou o país entre 2001 e 2006, foi acusado de usar parte dos US$ 35 milhões em propinas que teria recebido da empresa para comprar imóveis de luxo em Lima. Segundo a promotoria, ele e a esposa gastaram US$ 5,1 milhões na aquisição de uma casa e um escritório em bairro nobre da capital, além do pagamento de hipotecas de outras duas propriedades. Os recursos teriam sido transferidos por meio de uma empresa offshore criada pelo ex-presidente na Costa Rica, com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Em outubro de 2023, Toledo já havia sido condenado a 20 anos e seis meses de prisão pelo recebimento de propina da Odebrecht em troca da concessão de contratos públicos. As duas penas serão cumpridas simultaneamente.

Atualmente detido em uma prisão instalada dentro de uma base policial em Lima, Toledo divide o local com outros ex-presidentes peruanos investigados ou condenados por corrupção, como Ollanta Humala, Pedro Castillo e Martín Vizcarra. O ex-presidente Alberto Fujimori também esteve no mesmo presídio por 16 anos, até obter um perdão humanitário em 2023, meses antes de sua morte.

Os escândalos envolvendo a Odebrecht, conhecidos no Brasil como Operação Lava Jato, atingiram diversos governos da América Latina. No Peru, outro ex-presidente, Pedro Pablo Kuczynski, de 86 anos, ainda responde a processo em que o Ministério Público pede 35 anos de prisão.

Autor(a): BZN



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