Polícia

Empresário que matou gari em BH pesquisou sobre vítima e rua do crime após disparo

01 SET 2025

Foto: Reprodução

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, preso pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, fez pesquisas em seu celular com as palavras 'gari' e o nome da rua onde ocorreu o crime, logo após o episódio. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais em coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (29).

Renê vai responder por homicídio duplamente qualificado, ameaça contra a motorista do caminhão de lixo e porte ilegal de arma de fogo, crimes cuja pena máxima pode chegar a 35 anos de prisão.

A esposa do empresário, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, foi indiciada por porte irregular de arma de fogo de uso permitido, já que a legislação proíbe que ela cedesse ou emprestasse o armamento ao marido.

Segundo os investigadores, Renê tinha “fascínio por armas”, com vídeos e fotos em que aparecia exibindo armamentos e realizando disparos. A polícia concluiu que o crime foi cometido por motivo fútil e que o acusado tinha plena consciência de seus atos.

O caso

O crime ocorreu no dia 11 de agosto, por volta das 9h, na Rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. De acordo com testemunhas, Renê discutiu com trabalhadores da coleta de lixo após alegar que o caminhão atrapalhava o trânsito.

Ele teria ameaçado a motorista do veículo ao apontar a arma e dizer que daria “um tiro na cara”. Em seguida, desceu do carro, manuseou o revólver e atirou contra Laudemir, que trabalhava na coleta. O disparo atingiu a região das costelas, atravessou o corpo e se alojou no braço.

Após o crime, Renê foi localizado em uma academia e preso. A arma usada foi entregue voluntariamente à polícia por Ana Paula, que afirmou que o marido não tinha acesso ao armamento e disse desconhecer o ocorrido.

A Corregedoria da Polícia Civil abriu procedimento disciplinar e inquérito para apurar a conduta da delegada.

Autor(a): BZN



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