Polícia

Empresário que matou gari em BH pediu que esposa delegada entregasse arma diferente à polícia

05 SET 2025

Foto: Reprodução

A investigação do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, revelou que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, tentou ocultar provas do crime. Em mensagens recuperadas pela polícia, ele pediu à esposa, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamêgo Balbino, que entregasse uma arma diferente da utilizada no homicídio.

O crime ocorreu no dia 11 de agosto, em Belo Horizonte. Irritado com um caminhão de coleta que bloqueava a rua, Renê atirou contra o trabalhador. A vítima não resistiu.

Segundo a polícia, logo após o disparo, o empresário foi preso em uma academia de luxo. Antes de ser conduzido à delegacia, enviou um áudio para a esposa relatando que havia sido abordado por policiais. Já detido, mandou nova mensagem pedindo que ela entregasse à polícia uma pistola 9 mm, e não a calibre 380 usada no assassinato. “Entrega a nove milímetros. Não pega a outra. A nove milímetros não tem nada”, escreveu Renê.

Dias depois, ele confessou o crime, mas antes chegou a negar envolvimento. “Estava no lugar errado na hora errada. Amor, eu não fiz nada”, disse em uma das últimas mensagens enviadas à esposa.

Indiciamentos

Renê Júnior foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A condenação pode chegar a 35 anos de prisão.

Ana Paula, por sua vez, foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo, por ter permitido que o marido utilizasse sua pistola. A pena prevista varia de dois a quatro anos de prisão, podendo ser aumentada em até 50% por ela ser servidora pública.

Autor(a): BZN



últimas notícias