Política

Brasil perde Roberto Duailibi, mestre da publicidade e das palavras

19 JUL 2025

O Brasil se despede de um dos seus maiores nomes da publicidade e da literatura: Roberto Duailibi, que morreu aos 89 anos, em São Paulo.

Membro da Academia Paulista de Letras desde 2015 e cofundador da lendária agência DPZ, Duailibi deixa um legado imenso de criatividade, inteligência e cultura.  Filho de libanês e de brasileira.

Duailibi mudou-se ainda jovem para a capital paulista, onde iniciaria uma trajetória que ajudaria a moldar a identidade da propaganda nacional.   Formado pela Escola de Propaganda de São Paulo em 1956, ele começou a carreira ainda antes disso, em 1952, na Colgate-Palmolive.

Foi redator de excelência nas principais agências do país - JWT, McCann Erickson e Standard Propaganda -, sempre guiado pela precisão da palavra e pela visão aguçada do comportamento humano. Ainda nos anos 1960, assumiu o cargo de vice-presidente de criação na Standard.

Mas foi em 1968 que ele marcaria para sempre a história da publicidade brasileira, ao fundar, ao lado de José Zaragoza, Francesc Petit e Ronald Persichetti, a agência DPZ.

A sigla, sinônimo de inovação e qualidade, transformou o setor criativo nacional e lançou campanhas que entraram para o imaginário coletivo. Um ano depois, em 1969, Duailibi foi eleito “Publicitário do Ano” no Prêmio Colunistas.

Com uma mente inquieta e generosa, tornou-se também professor, palestrante, autor de livros e referência para gerações de criativos, empresários e estudantes. Entre as letras e as ideias, uniu o talento técnico ao pensamento humanista.

Hoje, o país perde não apenas um grande publicitário, mas um pensador, um construtor de linguagem, um homem que soube usar a palavra para vender, mas também para ensinar, emocionar e transformar.

Autor(a): BZN



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